Se até o PT escolheu o voto impresso, por que o Brasil ainda insiste no voto eletrônico e secreto?
- Viviane Araújo
- 24 de mai.
- 2 min de leitura
No momento em que o debate sobre a transparência das eleições brasileiras volta à tona, um fato curioso chama atenção: o Partido dos Trabalhadores (PT) — historicamente defensor das urnas eletrônicas — decidiu adotar o voto impresso em suas eleições internas.Sim, você leu certo. O mesmo partido que governa o Brasil e que sempre rejeitou qualquer proposta de impressão do voto para conferência, agora preferiu o papel.
O motivo? Simples e direto: problemas técnicos nas urnas eletrônicas que comprometeram a confiança no sistema entre seus próprios filiados.

Confiança abalada: o que aconteceu nas eleições internas do PT?De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o PT enfrentou dificuldades sérias com o uso de urnas eletrônicas em votações passadas.
A solução encontrada? Voltar ao tradicional: cédulas de papel, contagem manual e pública dos votos.
Ou seja, na prática, o voto impresso trouxe mais segurança, transparência e legitimidade ao processo. Foi a maneira que o próprio partido encontrou para garantir clareza entre seus membros — algo essencial em qualquer eleição.
A pergunta que ecoa: por que o povo não tem o mesmo direito?
Se até o partido que governa o país recorreu ao papel para proteger a integridade de sua eleição interna, por que o cidadão comum não pode ter esse mesmo direito nas eleições nacionais?
Por que nas eleições para presidente da República, governadores, senadores e deputados somos obrigados a aceitar um sistema em que não podemos ver nosso próprio voto, nem conferir ou acompanhar a contagem pública?Afinal, a democracia não deveria ser transparente para todos?
Não é uma guerra contra a tecnologia. É uma luta por confiança.
O debate aqui não é sobre ser contra a tecnologia. Pelo contrário. É sobre dar ao povo o direito básico de verificar seu voto — algo que é comum em várias democracias consolidadas mundo afora.
Se podemos usar tecnologia para agilizar o processo, ótimo. Mas ela não pode eliminar o princípio da auditoriedade pública e da conferência popular. Afinal, quem não deve, não teme.
Conclusão: mais do que direito, é dever exigir transparência
O retorno ao voto impresso no processo interno do PT deixa uma lição clara: não existe democracia sem confiança, e não existe confiança sem transparência real.
O povo brasileiro merece — e deve exigir — o mesmo padrão de segurança e lisura que o partido no poder aplicou para escolher seus próprios líderes.
O debate está aberto. E a pergunta segue no ar:
Se até o PT escolheu o voto impresso... por que nós, cidadãos brasileiros, não podemos escolher o mesmo caminho?
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Fonte: Agenda do Poder
Edição e postagem: Viviane Araújo
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